Culinária da Dignidade – Brigadeiro de panela

Porque as vezes você nem está com fome, mas está entediado e descobre restos de chocolate em pó e um leite condensado na cozinha. Então, chega a hora de partir o coração de granolinhas da vida e demais preocupado com a boa forma física e fazer brigadeiro. No meu caso, particular, decidi variar um pouco da boa e velha receita de brigadeiro convencional porque…. tenho que admitir: Esse eu nunca acerto a fazer. Então, decidi salvar o resto de minhaaaa

~Culinária da Dignidade~

com essa maravilhosa receita deeee

Brigadeiro mole, ou de panela

(a foto é velha mas o orgulho é imortal)


Você vai precisar de: 
  • Chocolate em pó de sua marca favorita ou da mais barata;
  • Uma lata ou caixa de leite condensado escolhido com o mesmo critério mencionado acima;
  • Uma caixa ou lata de creme e leite e dessa vez nem venha, creme de leite é barato;
  • Manteiga ou margarina porque você não sabe a diferença mesmo;
  • Desespero;
  • Pressa;
  • Falta de memória;
  • Confiança e auto estima;
  • Identidade

Como não falhar: 


Uma das vantagens do brigadeiro é sua facilidade de preparo. Logo de uma vez você já mistura a maioria dos ingredientes:  o leite condensado, todo, o chocolate, 
 – Mas quantas colheres de chocolate? 
 Medir é limitar, meu filho, e nossas almas são infinitas. 
Mas…
Pssssiuuu. e a falta de memória e a manteiga, misturados da seguinte maneira: Você esquece de colocar a manteiga. 
Ligue o fogo baixo e mexa a mistura com desespero até que ela fique uniforme e em ponto de brigadeiro mole, o que significa que é um pouco antes do ponto do brigadeiro normal, o que significa que eu não faço a menor idéia porque já foi dada ao leitor a informação de que eu não sei fazer brigadeiro normal. Especularemos então que é um pouco depois que a mistura começa a desgrudar da panela, quando você já consegue tirar a colher da panela sem que o chocolate caia que nem papinha. 
Deixe a mistura parar de borbulhar e despeje o creme de leite, todo. Misture até ficar uniforme, e perceba que agora o brigadeiro não tem mais tanta cor de brigadeiro assim por causa da adição do creme de leite. Então, percebendo que eu tinha razão o tempo inteiro e que não devemos adicionar limites a nós mesmos, coloque mais chocolate em pó até que o brigadeiro volte a ter a cor apropriada. 
Utilize a pressa para não esperar esfriar normalmente e colocar na geladeira. Diz a lenda que não devemos colocar brigadeiro mole na geladeira porque ele ficará com uma textura borrachuda, mas você é uma pessoa com confiança sem si mesmo, você é único, você é especial, se precisar você até repete um mantra de auto ajuda na frente do espelho (para maiores informações: A revista feminina mais próxima a você) e coloque o negócio na geladeira mesmo assim!

Se você fizer tudo certo, sua mãe te elogiará bastante e sua receita será um sucesso. 
– Mas espera! 
O que foi?
E onde colocamos o último ingrediente, a Identidade?
Mas é claro: Na lição de moral no final da receita, o recheio de aprendizado!

Recheio de aprendizado: 

Todos nós somos únicos no mundo, e nessa vida cheia de erros e acertos, não precisamos nos moldar para nos encaixarmos nas mesmas regras do resto. Errar é humano e nem sempre é fatal, e as vezes, aprender a viver contornando esses enganos é melhor do que se corrigir tarde demais. Eu, por exemplo, apenas no momento de escrever esse post percebi que provavelmente eu nunca acertei a fazer um brigadeiro que não saísse como um quebra queixo porque eu nunca coloquei a manteiga. Mas vejam bem,meu primeiro brigadeiro de panela foi uma delícia. Quando fui fazê-lo pela terceira vez, depois de prometê-lo aos meus amigos, coloquei a manteiga e ele virou um mingau – apesar de um mingau bem elogiado. A partir de agora, quero que todos saibam que o melhor que podemos fazer na vida é ter personalidade. Amén. 

Desejo um bom diabetes a todos vocês! 

Sobre a modernidade do papel e Jane Eyre

Esse é o caderno bonito e surpreendentemente 
barato que comprei para usar de diário. E o preto
é o caderno de brinde que eu ganhei faz anos
que estou usando realmente por pena de usar 
o novo, porque sou dessas.

Estou de férias. O que você faz quando está de férias? Produz algo? Porque eu não, eu não faço é nada – ou quase nada. Para provar que eu sou capaz de passar um mês sem entrar em estado vegetativo (porque jogar Candy Crush no Facebook não conta), eu comprei um caderno. É, isso mesmo, comprei um caderno. Pra fazer de diário de novo, bem quarta série style. E daí é que vem parte da justificativa do título da vez. Quem se apavora e se preocupa com o futuro dos livros e da escrita cursiva em face do avanço da tecnologia (eu nem citei nada, mas aposto que você lembrou de alguma coisa) muito provavelmente nunca escreveu um diário na vida depois que saiu da preescola. Hoje em dia qualquer um pode abrir um blog, manter uma pastinha no computador, ou baixar um aplicativo no celular¹, mas você já comparou isso com escrever num papel? Mesmo com toda a paranóia de que alguém pode só abrir o caderno e ler a sua alma a qualquer momento, escrever à mão de madrugada ainda é mais reconfortante do que trancar tudo num aplicativinho do qual só você sabe a senha. Talvez aquela velha máxima de que quem escrever quer ser lido tenha alguma veracidade amarga, no fim das contas…

Metade dessas páginas aí estão ocupadas com todas as  minhas previsões falhas do primeiro livro que andei lendo nas férias: Jane Eyre. Fucking Jane Eyre.

Hora da resenha!
Como diz Heloísa Seixas no prefácio da minha ediçãozinha, esse livro foi feito por alguém que tinha muito tempo livre nas mãos. Publicado em 1847 por Charlotte Brontë, a irmã Brontë com o nome mais fácil de gravar e por isso a que eu jurava que era a de Morro dos Ventos Uivantes, Jane Eyre nos conta a história comovente e muitas vezes medonha e frustrante e confusa da jovem órfã que você nunca ia adivinhar: se chama Jane Eyre!! Conhecemos Jane ainda criança, e a partir daí acompanhamos a sua situação de estranha não bem vista na casa dos únicos parentes ricos que lhe restam e a sua ida, por fim, a uma escola de caridade de órfãs onde sua vida melhora mas não muito, porque algumas pessoas nasceram para penar na vida. Jovem adulta, vamos com ela para a grande e rica residência chamada Thornfield, (“porque os ingleses tem mania de nomear as propriedades?”, se perguntou um dia a garota que mora num prédio com nome. Cercado de prédios com nomes. E que conhece fazendas com nomes.) , onde Jane, em busca de uma vida melhor, embora não tanto no sentido convencional do termo, vai ser a preceptora (professora de rico) de uma garotinha chamada Adéle, a protegida do antipático Mr. Rochester. E aqui se foi metade do livro e nem um quarto de história.
Minha ediçãozinha e meu marcador do Keropi 

paraguaio que amassa as páginas.

E é muita coisa e muita história – quantas vezes eu, como leitora, posso apontar os pontos do livro em que parei e pensei “ei, eu to lendo a história da mesma Jane?”? “Isso não era uma história de romance?”, “Porque estou esperando uma vingança?”, e nas minhas partes favoritas, “OXENTE TO ASSISTINDO SUPERNATURAL?”! E olha que eu nem assisto Supernatural. Mais do que uma personagem ou narradora que nos apresenta o mundo, Jane é uma criaturinha vasta. Emil-ops, Charlotte criou em Jane alguém que muda e continua constante ao mesmo tempo, coisa possível somente aos seres humanos. Muitas vezes eu quis bater em Jane e chamá-la de antifeminista, mas aí 1847 me bateria em troca chamando Jane de feminista. Ela é feiosa, numa época em que pelo visto as personalidades das pessoas estavam estampadas nos traços de seus rostos, e insossa, do tipo que nunca seria imaginada como protagonista de nada por alguém que não tem acesso à sua cabeça. Jane se envolve num romance adorável (quer dizer…) com o também feioso, mas enérgico e carismático, Mr. Rochester. Eu, em 2013, por conta de certas reviravoltas da trama ainda não sei se desisti da idéia de jogar uma cadeira ficcional na cara do Rochester, mas 1847… Provavelmente está confuso quando a isso também. Deve ser admitido que é difícil querer julgar alguém depois que você pensa “E se fosse comigo?” e descobre que suas atitudes não seriam muito diferentes, se não piores. 
E minha condição de estudante de Letras, o que tem a dizer sobre Jane Eyre? Hahaha, que nunca que eu vou me meter em tentar falar sob pespectiva acadêmica de um clássico da literatura inglesa que todo mundo já falou e provavelmente escreveu, tire os cavalos da chuva! Mas esse realmente é o livro de alguém que teve o tempo de uma vida para escrever. As passagens são longas, as falas extensas, e o tempo pode ser desperdiçado. E esse foi um detalhe que me reconfortou ao longo do livro. Nada precisa ser cortado em troca da funcionalidade, se você não quiser. Nem toda a informação jogada no texto precisa ser útil ou recuperada mais tarde, com sua função revelada. Se escrever e parecer interessante, está bom. Além da paciência, a palavra religiosa está por todos os cantos do livro. Sério, quase virei cristã, só que não. A leitura de Jane Eyre foi para mim um lembrete da mudança de mentalidade ao longo tempo, que eu não sabia que estava e nem se estava precisando. E que a mudança do mundo não transforma um livro numa simples peça histórica. O mundo de Jane Eyre não é como o meu. Eu não sou Jane Eyre e não conheço nenhum Rochester. Eu não quero o que Jane Eyre quer e mesmo assim, a sua história de sobrevivência e amadurecimento emocional marca. Obrigada, Jane. 

Rápida atualização

Para quem ainda não me ouviu reclamar para saber, o prédio ao lado do meu está em reforma. Todo dia de semana desde semana passada então eu sou tirada da cama às 8h da manhã e tenho que fugir de casa feito retirante a menos que queira ser torturada o dia inteiro com o barulho de reforma, algo que me irrita irracionalmente. O lado ruim é que estou sendo arrancada do lar, é claro, mas o lado bom, pois dessa vez estou sendo otimista e vendo um lado bom, é que isso está me ajudando horrores a escrever minha história do Nanowrimo!

Na verdade, essa participação está sendo bastante informal – eu nem piso no fórum deles e estou escrevendo num caderno, já que digitando eu não sei o que é produção. Estimo que já devo ter escrito 3,200 palavras – o que é um fracasso se você considerar que hoje no Facebook os coordenadores do Nanowrimo anunciaram que a meta do dia é 10,000. Mas eu tenho fé e um prédio em obras ao meu lado!

Hoje eu passei o dia num café com ar condicionado que tem perto de casa. Tentei me instalar na Subway, mas lá era cheio de mosquitos, então fui pra esse café. Passei 3 ou 4 horas lá e só consumi um suco de laranja de qualidade mediana! Pensei que seria posta para fora ou obrigada a pagar uma taxa de aluguel de cadeira, mas esse café vive tão vazio que acabou que saí de lá sabendo da vida da garçonete. A ironia é que ela era uma aspirante a estudante de engenharia civil e que “desde pequena” era “apaixonada por construções”!! Quase perguntei a ela se por acaso ela já passou mais de duas horas perto de uma pra testar esse amor, mas achei melhor não. Depois achei que devia ter perguntado mesmo porque depois da cara de ânimo sugado que ela me fez quando eu disse que fazia Letras ela merecia mesmo, mas a gentileza me calou!

De qualquer forma, foi uma experiência interessante -comum, na verdade, mas eu nunca fui boa em puxar conversa com garçons e taxistas e pessoas do meu lado no ônibus, então pra mim foi uma experiência inusitada!

Obs: um velho se achou no direito de me chamar de “coisa linda” na rua hoje. Eu, agora praticante da modalidade “Seja grosseira com imbecis na rua” meti meu dedo do meio na fuça dele (figurativamente falando é claro) e ele ainda ficou espantado e achou ruim! Na hora se converteu de “velho filho da puta descarado” à “velho ditador de bons modos”, mas eu sou diva demais pra ficar ouvindo uma coisa dessas e dei as costas pra ele e segui andando mesmo. Mas tive tempo de ouvir alguém rindo da cara do velho, e pelo visto ele não gostou disso também. Há!

(???)

Resumo Ilustrado da Vida:

Olá, leitores que ainda me restam!

Desde 26 de maio eu não atualizo esse blog. Não é a primeira e juro que será a última vez que abandono um blog de uma maneira dessas, mas por enquanto… o que eu faço com blogs abandonados quando tento recuperar a rotina deles?
Eu mudo o layout e o nome. Bem vindo à Caixa Fantástica, nada como começar de novo para continuar!
Para traduzir melhor como eu me sinto sobre esses recomeços radicais, amanhã publicarei um conto. Poderia muito bem publicar agora, mas ei, eu não atualizo isso desde Maio, tenho que enrolar e gerar post pra ver se recupero o ibope! Por enquanto, aqui vai um resumo ilustrado da minha vida até então. Por sorte, é um grande resumo, já que eu andei fazendo várias coisas – ou melhor, pretendendo fazer várias coisas novas. Nesses tempos de greve eu cheguei a conclusão de que eu não faço muita coisa da vida, e em vez de escrever textos ou poemas melancólicos e provavelmente ruins me remoendo sobre minha própria inutilidade eu decidi me movimentar mais. Eu vou aprender a fazer mais coisas, vou ler mais, vou escrever mais (ha. haha. hahahahhahahahah!), fotografar mais e para não ficar redundante, vamso dizer que vou trabalhar para ser alguém mais interessante. Então, aqui vai o….

Resumo Ilustrado da minha vida até então:




1 – Estou aprendendo a tocar violão:

E sozinha. Ou quase. É que eu achei essa coisinha aqui faz umas semanas lá na casa da vovó. Eu lembro vagamente desse violão, ele foi um presente de minha avó para Gabriel quando ele tinha uns quinze anos, e como ele nunca se interessou muito pelo negócio, minha avó pegou de volta. Não sei se ela ainda sabe tocar, mas que ela sabe dizer só de ouvido se o violão tá afinado ou não (o que é um sufoco pra afinar), ela sabe.
Aprender a tocar violão sozinha é meio que uma batalha, porque cordas novas -depois de quase dez anos sem uso, as cordas tinham que se aposentar, né? – desafinam o tempo todo e eu não sei afinar de ouvido ainda, e não achava um afinador online que prestasse! O jeito era ser parasita e colar nos amigos, mas amigos que tocam violão servem para isso mesmo.
(Obrigada João Vítor, obrigada Danilo!)

E agora, aprender a tocar PELO MENOS uma música sozinha nisso virou uma questão de honra, porque meu pai não bota fé em mim. Minha mãe não bota fé em mim. Minha avó não bota fé em mim! Todos eles acham que eu preciso de aulas, mas eu não quero:

a) Gastar dinheiro.

b) Tomar aulas numa coisa que quero aprender por hobbie. Sabe porque eu sei porque Gabriel não se interessou pelo violão? Porque ele tomou aulas! Na verdade eu não perguntei, mas vou descaradamente manipular os fatos para reforçar minha teoria: Com aula, tudo fica chato, o compromisso de aprender algo por prazer se torna o compromisso de aprender algo porque tem que ir à aula, que logo logo se torna o compromisso de ir porque já faltou demais, que logo sufoca o compromisso inicial – o da satisfação.

c) Imagina o orgulho de dizer que aprendi sozinha!

obs: Jogo uma pedra no primeiro que sugerir que eu aprenda a cantar também.

2 – Vou aprender a dirigir – carro e moto

Há! Sem ilustrações dessa vez, mas farei uma série de posts contando minhas aventuras na auto escola assim que começar. Escolher a opão carro e moto na compra do laudo dessa vez quase valeu a pena ter deixado o laudo anterior vencer (pra quem não sabe ainda, eu deixei o laudo anterior vencer. É. Não me julguem.)! Eu não pretendo ter uma moto a menos que eu saia de Salvador para um lugar que seja civilizado no asfalto, e já estou morrendo de medo de fazer as aulas práticas desde agora, mas essa era uma das coisas que eu não gostaria de passar a minha vida sem fazer!

3 – Estou assistindo:

A única coisa que eu quero recomendar agora é Once Upon a Time pra todo mundo:

Once Upon a Time é um seriado americano meloso que está começando a segunda temporada que é basicamente sobre uma mulher, Emma Swan, que é levada pelo filho que ela deu pra adoção (é) até uma cidade onde segundo o guri, todos os moradores são personagens de contos de fadas  vindos de um universo encantado, amaldiçoados pela Evil Queen a levarem uma vida congelada numa cidade sem memórias pensando que são gente comum, e só a Emma pode quebrar a maldição e fazer todo mundo voltar ao mundo me que beijo de amor verdadeiro é a nova neosaldina!

Essa é Regina, a Rainha Má. E perto dela você não nada.
Obs: Charming é um cuzão.

4 – Li e estou lendo:

No momento, estou lendo Viagem ao Centro da Terra, de Júlio Verne, numa edição tão velha e com ortografia tão desatualizada que encontro direto um “êle” ou “êsse”! Sobre a história, não digo nada, ainda estou bem no início e não quero me arriscar!

Sem falar que comprei esse livro num sebo, tão sujo que tive que limpar com um lenço de papel e o lenço saiu preto!

Terminei de ler recentemente:

(É pra deixar todo mundo com a música na cabeça mesmo)

E finalmente, li Órfãos do Eldorado. Um ótimo livro, que eu li pra uma prova no final desse semstre. O que eu adoro em Letras é que em algumas partes desse curso eu tenho que ler livros para fazer provas em vez de me embasar só na teoria, uhul!
E o que nos leva àààà:

5 – Estou de férias!



Meu semestre 2012.1 acabou só agora! Só tive um mês de aula pós greve, praticamente, mas foi um mês miserável porque voltamos bem no meio do turbilhão de fim de semestre, ufa!

Legal! Isso quer dizer que agora eu terei tempo pra me dedicar ao blog?

NOPE!

Porque nesse novembro eu participarei do NaNoWriMo! Esse site linkado aí propõe a escritores amadores que eles escrevam uma história de pelo menos 100 páginas em um mês. Parece (e é, olha o capacete viking que eles colocam no logo deles) loucura, mas o objetivo é botar o pessoal pra escrever mesmo, sem se perder no planejamento. Logo, tenho esses últimos dias do mês pra atualizar meu blog e planejar minha história e adeus!

(E esse adeus conta como adeus do post também!)

O presente do hippie

    Ganhei hoje mesmo esse marcador de páginas em forma de flor de arame feita na hora por um hippie que estava sentado na  entrada principal da faculdade hoje (É hippie mesmo? Como mais você chama esses caras que vendem artesanato natural por aí?).

    Eram umas 17h e eu estava passando por lá porque é meu caminho de volta de todo dia, quando aparece esse cara e me chama e diz que quer me fazer uma pergunta rápida, e na hora eu pensei, e estou sendo honesta porque sei que um monte de gente no meu lugar pensaria o mesmo:  Ai, um hippie querendo me vender coisa. Mas aí, como ele foi educado, me deu vergonha de passar direto e lá fui eu conversar com o cara, dando logo a clássica desculpa de que sinto muito, mas tava sem tempo, tava com um pouco de pressa – Então ele perguntou meu nome, disse o nome dele, me perguntou o que eu estudava na Ufba e me contou que é do interior daqui da Bahia mas já andou pelo Nordeste todo e mais uns sete estados do país (Distrito Federal incluso, porque ele disse que gostava da Universidade de Brasília) e uns quatro países da América Latina, tudo isso enquanto mexia no arame e fazia essa florzinha, volta e meia me perguntando o que eu estava achando, e no fim das contas, quando eu finalmente o convenci de que estava com pressa, e a essa altura estava mesmo porque engarrafamento, ele me deu a florzinha em troca de algumas moedas que eu tinha na carteira.

  Ou seja, um hippie que gosta de conversar e demora demais apertando a mão dos outros me vendeu coisa hoje. Mas de um jeito legal que se tem de vender alguma coisa.

Uma vez uma colega minha no segundo ano do ensino médio ganhou um colar de um hippie também, mas no caso dela foi gratuito, eu lembro. Alguém tem uma história parecida com a minha?

Obs: Tirei a foto com esse filtro e no meu volume d’ O Pequeno Príncipe porque sou poser. Ok, era o livro mais ao alcance que eu tinha no momento. Mas não tenho justificativas para o filtro.

As gordinhas da Ondina

Oi! Dessa vez eu venho falar de uma coisa do meu cotidiano: As 3 gordinhas da Ondina!

Eu, sendo besta e dando uma de turista na Gordinha 😀

Oficialmente, elas são chamadas de Meninas do Brasil, e são esculturas feitas pela artista baiana Eliana Kertész, representando as três “mães” do povo Brasileiro:
A índia:
A branca: 
Como diz na legendinha, tirei essa foto no ônibus quando ele
 estava parado no ponto que tem bem na frente dela

E a negra:

Dizem que cada uma delas aponta pra sua região de origem. Diz a lenda também que tem uma placa de metal explicando isso em algum lugar, mas eu nunca vi.

Enfim, a questão é: eu adoro essas meninas, e o estilo da Eliana em geral. Todas as mulheres que ela faz são assim, gordas, e lindas e fofas e elas são tão leves! Só de passar por elas todo dia eu fico com o humor um pouquinho melhor, então essa semana eu tive uma vontade súbita de ser besta e tirar fotos com elas e espalhar pela internet. Eu até decorei um pouco as fotos, coloquei um filtro e umas molduras porque… bem, eu disse que queria ser besta, não foi? É uma pena que o gramado ao redor delas não esteja bem cuidado – e elas mesmas, até, estão um pouco desgastadas, vocês podem ver pelo corpo da índia e o pé da branca, na mesma foto (a da índia)! D:

Espero que tenham gostado delas! Beijos!

Bilhete sem data (e Oi!)

Bilhete sem data encontrado no local da morte, junto ao corpo da vítima:

Eu só quero dizer que vocês tinham razão. Vejam bem, quando acharem esse papel, acreditem em mim: Eu não estou morrendo de propósito. Não estou me suicidando, acreditem, é apenas que chegou a minha hora. Não chamei por socorro e peço que não chamem a polícia: vai ser em vão.

Não chorem muito, eu o compreendo – e não sintam raiva, não é um assassinato.

Vocês estavam certos sobre a mancha no teto – não era normal.

Mas está tudo bem agora.

BOO!

Vocês estranharam o post? Haha, peguei vocês! (*´∀`*)
É que neste verã-digo, blog, resolvi fazer algo de diferente. Em vez que começar com um post frouxo de boas vindas ou reciclar um conto velho, eu improvisei qualquer coisa pra confundir vocês!

Agora sim, leitores, Bem vindos ao Caixa azul de letras!!
(≧∀≦*)ノ~・゚★,。・*:・゚☆♪

Não sei o que farei com o mini conto improvisado e mal sei o que farei no blog, mas farei um bom blog!

Beijos! ヾ(o´∀`o)ノ゜+.вау вау゜+.

(obs: esses emoticons japoneses histéricos que eu amo só estarão presentes nos posts publicados via ipod – pensem nisso como uma compensação pela falta de formatação)