Post incomum (O viajante)

    Estou estranhando a frequência com que ando postando no blog. Geralmente eu posto menos, bem menos. E para completar a estranheza geral, hoje eu fiz um poema!

    A coisa é: Eu sou uma completa mula quando se trata de poesia em geral. Vergonha para uma aluna de Letras, mas é. Eu não faço poesia e nem leio poesia, não é muito a minha praia e geralmente me perco toda. Não sei o que me deu para sair desta rotina hoje, mas saí e fiz um poema! Será que eu devia radicalizar de vez e começar a ler mais poesia também?

    Enfim, eis o poema de hoje:

O viajante
Eu andei por todo o universo
Eu corri sem parar no deserto
Mas quase afundei na areia, então,
Eu fui para um planeta só de mar
E lá lembrei que eu não sei nadar
Fui viver nas florestas, então,
Agora eu sei subir nas árvores,
E fui bicado por mil aves
Quase desisti de viajar, mas então,
Achei um baú de diamantes!
Que nem eram tão brilhantes
Uma vez eu me perdi, mas então
Fui salvo por piratas
E vendido a aristocratas
Fugi nos fundos de um caminhão, e então
Eu me achei no maior mercado do mundo
E o que ele tinha de grande, tinha de imundo
Mas já que estava numa cidade, então
Fui estudar na melhor biblioteca
E quase queimei tudo com uma vela
Pensei em ver um céu de estrelas, e então
Fui procurar carona na estrada
E subi numa carroça quebrada
Eu consegui chegar no povoado, e então
Sentei com eles sob a lua
E contei toda a minha aventura
Eles me perguntaram, e então
Contei que dou a volta ao mundo porque
Eu ainda estou fugindo de você.


    Eu sei que não sou exatamente a melhor poetisa do mundo, mas achei esse daqui adorável – até porque se não gostasse nem publicaria, né? Espero que o achem tão adorável quando eu o achei! Ele é grande, maior do que eu esperava que fosse (até porque foi digitado no celular num horário vago hoje de tarde), e bem…. livre, digamos. quer dizer, eu sei que não é um soneto. Nem é parnasiano.


    Me perguntaram (Zoe me perguntou) se eu estou fugindo de alguém por causa desse poema, e a resposta é… não. Ele só veio, gente.

E não é como se eu fizesse poemas meio que baseados em obras que eu gosto muito ou coisa do tipo. 

De maneira alguma.

    Enfim, como eu só tenho um poema e nada interessante sobre minha vida recentemente para contar… Beijos e até mais!